Wednesday, October 29, 2008

O que fazer?

A little sincerity is a dangerous thing, and a great deal of it is absolutely fatal.

Oscar Wilde

Sunday, August 31, 2008

Monday, August 4, 2008

Sunday, June 1, 2008

Blueberry pies

Once I wanted to be the greatest
No wind or waterfall could stop me
And then came the rush of the flood
The stars at night turned you to dust

Melt me down
To big black armour
Leave no trace
Of grace
Just in your honor
Lower me down
That corporate slob
Make a watch
For a space in town
For the lack of the drugs
My faith had been sleeping
Lower me down
In the end
Secure the grounds
For the later parade

Once I wanted to be the greatest
Two faced, sad little rock
When things I couldn't explain
Any feelings
Oh worn me down
In the end
Secure the grounds
For the lack of the drugs
My faith had been sleeping
For the later parade

Once I wanted to be the greatest
No wind or water fall could stop me
And then came the rush of the flood
The stars at night turned you to dust

Saturday, May 24, 2008

Of all of the fuckups that I do

Thursday, May 8, 2008

e tal



Não se está mal, no reino animal

Wednesday, April 30, 2008

Quem falou em lei da gravidade?

The Wahgi Girl, William Dobell

Tuesday, April 29, 2008

Love, love is a verb

Neste momento sinto que tenho todos os ingredientes para enviar uma boa carta ao consultório sentimental da revista Maria.

Monday, April 7, 2008

Pizza e pistachios

Encomendaste o mau tempo? Disseram-me que já não se lembravam de chover tanto nesta terra. Vi há pouco um episódio da série do Mark Wahlberg, "Entourage", sugestão de um amigo semi-escocês. Muito bom. Tanta chuva e a porra da ironia de não ter água em casa. "Aqui nunca chove", dizia ele. O que eu queria mesmo era poder ir dormir na minha casa nova, comprar a Nespresso e pensar no George Clooney. A miúda está estafada, finalmente está a aprender o que é trabalhar.

Sunday, April 6, 2008

Love, love is a verb

Friday, March 28, 2008

All packed



hey man what's your problem don't you know that i don't belong to you it's hard and hard enough to keep it up when everything is so new i'm not trying to forget you i just like to be alone come and give me the space i need and you may and you may and you may and you may and you may find that we're alright i'm not trying to forget you i just like to be my own come and give me the space i need and you may and you may and you may and you may and you may find that we're alright i mean no offense to you but grow up can't you just grow up? when are you going to give it your own go? give it your own go i know i'm being way too hard but i know that i'm trying i know myself and i know what i want to do i'm doing my best and i want to know is it good for you? you give me trouble you give me everything that you've got i'll show you that what's right for me ain't for you don't look out for me who are you to tell me how when you've problems of your own i do love you and i want to hold on to you for always


Bros, de Panda Bear


Person Pitch, pelos Panda Bear é mais um dos meus álbuns de 2007.

Odeio a TAP

Seja porque é de madrugada e por norma estou mais sensível nesta altura do dia, seja porque acabei de estar com amigos, seja porque o gato veio cumprimentar-me à porta quando cheguei, seja lá pelo que seja, raios, vou ter de fazer as malas outra vez. E não é porque tenho de lá tentar enfiar a roupa que vou usar nos primeiros 15 dias e nos restantes 5 meses e meio (até voltar para reabastecer ou comprar nas lojas, porque lá há lojas; até tem a loja do vestido que eu vou comprar, o cai-cai comprido até aos pés). Roupa, secador, carregador do telemóvel, do portátil, da máquina fotográfica, creme para o cabelo, para a cara, para o corpo (odeio a TAP e o limite de peso na bagagem), e a porcaria do livro enorme que escolhi começar a ler precisamente agora (as mulheres não sabem escrever romances curtos; se também os livros tivessem limite de peso, só tínhamos escritores no masculino).

Estive a vasculhar uns sites para aluguer de casas e já descobri a minha. A experiência em Marrocos diz-me que quando me apaixono à primeira vista por uma casa, sai-me caro (mais precisamente 650 euros por mês; quem mais paga isto por um estúdio em Rabat?). No entanto, em abono do meu sentido estético, quem lá entrou ficou boquiaberto pela decoração e restantes apetrechos tecnológicos. Quero casa pequenina, com cama grande, microondas e forno (é desta que vou aprender a fazer cozinhados mais elaborados). Tenho lá a Worten, para comprar a máquina de café, e de chá, e a Fnac, que em nada fica atrás da sua congénere de matosinhos, segundo informação de conhecedor.

A equipa de trabalho é constituída por pessoal jovem, a média de idades deve rondar os 30 anos. O código de vestuário consiste apenas numa pequena regra: não usar t-shirts com logótipos de futebol e não usar havaianas.

Estava eu a dizer que, seja lá pelo que seja, não era por causa de fazer as malas. Mas, também já não consigo lembrar-me pelo que era.

Wednesday, March 26, 2008

Tuesday, March 25, 2008

d' O Excesso

«(...) É por isso que renegamos o conhecimento desintegrador, porque o conhecimento, Fedro, não tem qualquer dignidade ou severidade; é sabedor, compreensivo, indulgente, não tem posição nem forma; tem simpatia pelo abismo, ele é o abismo. Por isso o rejeitamos energicamente, e desde então a nossa ambição é só a beleza, o que quer dizer a simplicidade, a grandeza, uma nova severidade, um incondicionalismo renovado, a forma. Mas a forma e o incondicionalismo, Fedro, levam à embriaguez e ao desejo, podem levar a criatura mais nobre a terríveis sacrilégios do sentimento, que a sua própria severidade pelo belo repudia por infames, levam ao abismo, também elas levam ao abismo. A nós, poetas, digo-to eu, é aí que elas nos levam, pois não somos capazes de elevação, mas de excesso. E agora, Fedro, vou-te deixar aqui, fica tu aqui e parte só quando já me não vires. »

Morte em Veneza, Thomas Mann

Morte a Venezia (1971), Luchino Visconti

Esses abismos também eu os procuro. Fecho o olhos e deixo-me cair, sinto o ar gelado a pressionar-me a pele, fixar-me os movimentos dos membros, a sensação de vertigem a percorrer-me as pernas, instalar-se no baixo ventre. Apaixono-me pelo que vejo, a harmonia das formas, dos grandes olhos, do desenho dos lábios, a virilidade dos traços. E o andar; gosto de um andar pesado, que imprime em cada passada a certeza de querer ir naquele sentido. Um andar vagaroso e pesado. O corpo, ai!, o corpo; contemplação; depois, o toque, o cheiro, o gosto.

Wanted (iii)


Quero este vestido. E tenho dito.

Porque não agora?

The Complete Omnivore, 1993

« At some point we’ve got to stop asking ourselves what is the meaning of everything, maybe it’s not so very important what it means. It’s probably more important what the sense of it is... they are two very basic and different things. »

Tony Cragg

Snapshots

The Sopranos


Adriana La Cerva:
[at Christopher's intervention]
But when you killed Cosette, that was the last straw.

Anthony ‘Tony’ Soprano Sr.:
Killed the dog? What'd you do that for?

Christopher Moltisanti:
It was an accident!

Paulie ‘Walnuts’ Gualtieri:
Was it barking?


Todas as segundas-feiras, às 22h, podiam encontrar-me invariavelmente em frente à televisão para ver Os Sopranos. Era inquestionável perder um minuto que fosse da música dos Alabama 3 que abria as hostilidades... Woke up this morning, got yourself a gun.
Um dos episódios que me ficou gravado na memória foi aquele em que o Christopher Moltisanti (interpretado pelo Michael Imperioli que esteve há pouco tempo a filmar em Alfama Os Lovebirds), sob o efeito de drogas, mata o cão da namorada ao adormecer no sofá em cima do bicho. Tenho noção de que o propósito da cena não seria esse, mas eu cheguei às lágrimas pela via de gargalhadas incontroláveis. A espécie de canídeo (detesto cães pequenos) dava pelo nome de Cosette.

Monday, March 17, 2008

d' A Virtude e d' O Pecado

« Não acredites que a Providência recompensa sempre a virtude, não permitas que um breve momento de prosperidade te mergulhe em tais erros. É indiferente às leis da Providência que este seja pecador enquanto aquele é virtuoso; é-lhe necessária uma soma igual de pecado e de virtude, e o indivíduo que pratica uma coisa ou outra é-lhe absolutamente indiferente.
(...)
Num mundo inteiramente virtuoso, aconselhar-te-ia sempre a virtude, pois como para ela haveria recompensas implícitas, nela estaria infalivelmente a felicidade; num mundo totalmente corrupto, jamais te aconselharia outra coisa que não fosse o vício. (...) Dir-me-ás que é o vício que contraria o interesse dos homens e eu concordaria contigo num mundo composto, em partes iguais, de pecadores e virtuosos, porque então o interesse de uns chocaria logicamente com o dos outros, mas isso não acontece numa sociedade onde a corrupção impera. Nesta, os meus pecados só lesam os pecadores e determinam neles outros pecados, que os desforram, e ficamos todos felizes. A vibração torna-se geral, dá-se uma multitude de choques e de prejuízos mútuos, em que cada um recupera sem demora o que acabou de perder e se encontra, constantemente, numa situação benéfica. »


Os infortúnios da virtude
, de Marquês de Sade


The Judgment of Paris (1530), Lucas Cranach


A obra que termino de ler foi escrita no breve espaço de 16 dias, em meados de 1787.
Tomando partido do trabalho realizado por Jean-Marie Goulemot, o objectivo final da escrita prendia-se não tanto com a ocupação do tempo livre que tinha entre mãos, mas mais com o tecer de uma defesa em nome próprio, encontrando-se o autor preso na Bastilha por deboche.
Ao longo das 160 páginas, pela boca das diversas personagens que o Marquês coloca sucessivamente na vida da nossa heroína, vai desfiando um rol de argumentos, semelhantes aos que transcrevi acima, tendo sempre em vista convencê-la (e, em última análise, convencer o leitor) de que a prática da virtude efectivamente não compensa. Cada vez que se antevê uma boa acção, já uma praga está a cair sobre a cabeça da pobre Justine (ou Sophie, o nome falso que adoptou ao longo de toda a narrativa, por motivos de protecção), enquanto que o elemento prevaricador é recompensado na exacta medida dos seus pecados.

É dada a provar a Justine, ainda em vida, uma pequena amostra dos prazeres e recompensas terrenas, para logo ser fulminada por um raio. A sua história de vida aproveitou, contudo, à sua irmã, que até àquele dia tinha seguido um modo de vida em tudo oposto ao da virtuosa. Após a conclusão da história, Marquês de Sade formula os votos de que também ao leitor aproveite, pois "a verdadeira felicidade só se encontra no seio da virtude e que se Deus permite que seja perseguida na Terra é para lhe reservar no Céu a mais lisonjeira recompensa".

Na minha humilde opinião, penso que o nosso querido Marquês de Sade não acreditava em palavrinha alguma desta conclusão.

Meanwhile

Selfportrait, 1978

« I need the city; I need to know there are people around me strolling, arguing, fucking—living, and yet I go out very rarely; I stay here in my cage. »
Francis Bacon

Imagens que interessam (ii)

Sunday, March 16, 2008

Porque eu gosto (iv)




O que vos digo, meus amigos, é que é tudo uma questão de equilíbrio. As leituras, tenho-as a cargo de Marquês de Sade; na música procuro anjos.


Ps- Viram como pulsa o sangue nas mãos do anjo? Ele tem veias, tem veias. I made a lot of mistakes.

Saturday, March 15, 2008

Para o Nuno Coelho

Encontrando-me eu acamada e, por conseguinte, impossibilitada de me deslocar à festarola hoje à noite, quis deixar aqui o meu tributo ao aniversário do Coelhinho, no passado dia 11 de Março, através de um bolo que puxa um pouco ao canibalismo. Muitas Felicidades!!!

Friday, March 14, 2008

Foi com isto que sonhei hoje



Só me lembrava de "into the trees, into the trees". O que eu dançava! Aparentemente, quando o cérebro está a cozer a 39 graus e já se cuspiu dois terços do pulmão para o lenço, é em Cure que se pensa. The mind works in mysterious ways.

Wednesday, March 12, 2008

Males do Mundo (ix)

A mania que os homens têm de se preocupar com a linha. Passam o tempo a contar calorias, a correr para e nos ginásios, a controlar os hábitos alimentares da namorada. Não há nada como um homem que aprecie um bom prato, saiba fazê-lo acompanhar de uma bebida, cultivando assim a gordurinha ao fundo da barriga que tende a espreitar por sobre o cinto das calças.

Ouvi dizer













... no TimesOnline que Eliot Spitzer se demitiu do lugar que ocupava como Governador de Nova Iorque, devido a um escândalo sexual. O "Sheriff de Wall Street" era afinal o "Cliente 9" de uma rede de prostituição de luxo, cujo preço dos serviços prestados rondavam os $5,500/hora.
Pode encontrar mais pormenores sobre esta empresa na Wired.




... no El País, que o computador de Raul Reyes, em vida o número dois da guerrilha, lançou novos dados acerca da relação entre as FARC e o Equador.
«Bogotá dice entender ahora esa actitud. Esa mina que es el ordenador de Raúl Reyes ha desvelado las relaciones políticas sostenidas por las FARC con el Gobierno de Quito al más alto nivel. El número dos de la guerrilla da cuenta de dos reuniones, el 18 de enero y el 28 de febrero de este año (dos días antes de su muerte), con emisarios del presidente Rafael Correa. Uno de ellos es su ministro de Seguridad, Gustavo Larrea. El presidente ecuatoriano propone reunirse con los mandos de la guerrilla en Quito, establecer "coordinaciones sobre la frontera binacional", contrarrestar los efectos del Plan Colombia contra el narcotráfico con denuncias de las fumigaciones, "cambiar a los mandos de la fuerza pública" hostiles a la guerrilla... Se trata de neutralizar al presidente colombiano, Álvaro Uribe, representante "de la Casa Blanca, las multinacionales y las oligarquías".»

Rafael Correa, Presidente do Equador *



... pela Associated Press, que uma mulher de 62 anos foi detida no aeroporto de Munique, depois de ter sido descoberto na sua bagagem o esqueleto do irmão, falecido há 11 anos. A viagem do Brasil para Itália prosseguiu, após apresentação de documentação emitida pelas autoridades brasileiras para o transporte das ossadas, cumprindo-se o seu útimo desejo.


Skull with Burning Cigarrette, Van Gogh

Cremaster Cycle



Vi o Cremaster Cycle há uns anitos. Impressionaram-me nos diversos filmes (são cinco, embora não esteja certa de os ter visto a todos) os diferentes universos que Matthew Barney conseguiu criar. Lembro-me de pensar a cada instante que o tipo era obrigatoriamente doido varrido, pelas personagens a quem ele deu vida, pelos materiais usados (eu, que gosto de têxturas, fui brindada com o trabalho de um escultor de grande calibre), por não ter conseguido perceber metade do que me estava a dizer.
Quero rever estes filmes, para ver se o meu entendimento evoluiu nalgum sentido nos últimos tempos.

Thursday, March 6, 2008

Para compensar
























Até daqui a uns dias.

Wednesday, March 5, 2008

Snapshots

No Country For Old Men, de Ethan&Joel Coen


Anton Chigurh:
And you know what's going to happen now. You should admit your situation. There would be more dignity in it.

Carson Wells:
You go to hell.

Anton Chigurh:
Let me ask you something. If the rule you followed brought you to this, of what use was the rule?

Carson Wells:
Do you have any idea how goddamn crazy you are?

Anton Chigurh:
You mean the nature of this conversation?

Carson Wells:
I mean the nature of you.


Nota: Tive pena que o Tommy Lee Jones não tivesse sido nomeado para um óscar pelo seu desempenho neste filme. Gosto imenso dele, bem como do Woody Harrelson (desde que o vi há anos num filme em que ele criava a Hustler Magazine, com a Courtney Love).

d' A Partilha

Essaouira, Outubro de 2007


All the songs have been sung
You’re too old and then you’re too young
Did you leave your mark on the world
One as deep as true love
Let’s sing Hosanna

All the stories are told
You’re too young and then you’re too old
Did you leave a mark on the world
One that lasts as long as true love
Take me with you now

To be strung as high as this
Making love without a kiss
And someone you saw again
Back to haunt you there and then
Please take on my love

Evolution is real
Secrets we have never revealed
Did you leave your mark, was it real
Or as deep as the love we both feel

To be strung as high as this
Making love without a kiss
Like a gift you didn’t keep
And it leaves a mark so deep

There’s a million things to miss
Like the chance to take that kiss
where you go, you’ll be someone
With one kiss your life is swung

What you gonna do when you walk away
Walk behind me, it’s alright, I’m Ok
Then what will you do if I walk away
Walk beside me, it’s alright, we’re Ok
Where you gonna do, don’t surrender
Hold me tight, don’t let go


Without A Kiss
, Badly Drawn Boy
Born In The U.K. (2006)



PS - Já viram o álbum? É um passaporte detalhado no interior. É pena que hoje em dia este tipo de grafismo tenha caído em desuso.

Horas Extraordinárias

Hoje, em conversa com uma amiga, recordei um episódio engraçado ocorrido quando ainda trabalhava na AICEP em Rabat.
O ambiente de trabalho na embaixada era óptimo, alicerçado na relação próxima que mantinha com as minhas duas colegas marroquinas, Hnia e Hasna. Tanto uma como outra são mães (o mais velho tem 17 anos e o mais novo 8) muçulmanas.
Caracterizá-las desta forma redutora serve apenas para contextualizar o que descrevo em seguida.
Nesse dia, estava eu embrenhada no trabalho (tenho quase, quase a certeza que estava), quando ouço as minhas colegas rirem à gargalhada, de forma incontrolável. Falando elas em árabe entre si, e uma vez que os papéis que agitavam na mão, e eu supunha terem dado origem à risota, também estavam em árabe, não tive outra solução senão implorar durante uns minutos para me porem a par do sucedido.
Depois de se acalmarem lá me explicaram que tinham acabado de ler no jornal um artigo onde um reputado professor universitário egípcio defendia que, em locais de trabalho partilhados por homens e mulheres, estas últimas teriam de amamentar os colegas, de forma a adormecer qualquer desejo sexual que pudesse nascer da convivência. Em nome do Islão!

Yeah Right!!!


















Se o professor egípcio partilhasse o gabinete com este(a?),
certamente não seria tão "iluminado"




You can read the whole story at:

Against all odds


« Hillary sobrevive ao dia de hoje, e ainda mais se ganhar Texas, o que me parece provável. Seguem-se alguns estados que lhe são favoráveis »
Pedro Magalhães, hoje às 04h da manhã, aqui.

Saturday, March 1, 2008

Peixe-Voador

Tenho de escrever, e tem de ser já, porque a memória já não é o que era e estou ansiosa por descrever aquela manápula agarrada ao meu copo. Mas, vamos por partes, que a noite foi um crescendo de surpresas e insólitos e, já que tenho de escolher uma ordem para os relatar, que seja a cronológica, para retirar a subjectividade à coisa.

O plano consistia em jantar no novo restaurante do Adolfo Luxúria Canibal, em Braga, que iria iniciar-nos na arte da degustação de sushi. O restaurante esconde-se por detrás da velha Sé de Braga, mais precisamente na rua do Forno, nº 17, numa viela empedrada onde o granito certamente nunca almejou dar forma a um espaço para ingestão de peixe crú. Depois de termos sido devidamente alertados para o sabor intenso das ovas de salmão, peixe-voador e um primo afastado, que o afável proprietário denominou de "navios de guerra", deu-se início ao festim de cores, têxturas e sabores.
No final da refeição, enquanto o saquê arrefecia nos pequenos copos, o Adolfo discorria acerca do Metro do Porto. "Aquilo não é um metro, é um eléctrico rápido", dizia. Eu acho que ele gosta de dar nomes às coisas.

Pedimos conselho aos nativos sobre um bar, situado perto do restaurante e, preferencialmente, onde pudéssemos fumar. O espaço que nos indicaram era muito agradável e explorado por seres tementes à ASAE, a avaliar pela quantidade de luvas de borracha, - das que se compram nas farmácias - que o cozinheiro utilizava para fazer uma tosta-mista.

Não me recordo qual o assunto preciso que discutíamos naquele momento, mas a conversa decorria animada quando, do nada, surge uma grande manápula branca que abre caminho por entre garrafas vazias e levanta o meu copo. A Super Bock Stout deslizou por entre os lábios de um homem alto, de fato, bem-parecido, de olhos e cabelos negros sobre o comprido, que reconheci do restaurante do Adolfo. "Espero que lhe tenha sabido tão bem quanto me estava a saber a mim!". Ele estava completamente, e passo a citar, "descomandado" - penso que consegui adivinhar-lhe o significado - e explicou-nos que o propósito dele às 19h daquele mesmo dia nunca tinha sido ter um jantar frio, de peixe crú. "Eu saí de casa e pensei: Hoje, nada de álcool. Sim, porque eu sou muito amigo do álcool. Vou comer um bife guloso. Mas, o Canibal viu-me passar e disse: Anda cá! - e pronto, ainda aqui estou." Esta personagem, de 38 anos, era professor. Os alunos, que já não via há 4 anos, ainda lhe escreviam cartas, o que ele poderia provar. Era extremamente culto e exprimia-se num português correcto, recorrendo a uma riqueza de vocabulário difíceis de encontrar hoje em dia, pelo menos nas gerações mais novas de professores com quem já tive contacto. O Mirandela, ou Jorge por baptismo, deu-se a conhecer ao longo de uma hora, encostado à nossa mesa, de pé, e estou certa de que a impressão que deixou em mim, deixou-a também em quem mais o ouviu. Em noite de estreia num restaurante japonês, pela madrugada dentro a falar sobre alheiras.

Wednesday, February 27, 2008

Snapshots

Goodfellas, de Martin Scorsese

Henry Hill:
You're a pistol, you're really funny. You're really funny.

Tommy DeVito:
What do you mean I'm funny?

Henry Hill:
It's funny, you know. It's a good story, it's funny, you're a funny guy.
[laughs]

Tommy DeVito:
what do you mean, you mean the way I talk? What?

Henry Hill:
It's just, you know. You're just funny, it's... funny, the way you tell the story and everything.

Tommy DeVito:
[it becomes quiet] Funny how? What's funny about it?

Anthony Stabile:
Tommy no, You got it all wrong.

Tommy DeVito:
Oh, oh, Anthony. He's a big boy, he knows what he said. What did ya say? Funny how?

Henry Hill:
Jus...

Tommy DeVito:
What?

Henry Hill:
Just... ya know... you're funny.

Tommy DeVito:
You mean, let me understand this cause, ya know maybe it's me, I'm a little fucked up maybe, but I'm funny how, I mean funny like I'm a clown, I amuse you? I make you laugh, I'm here to fuckin' amuse you? What do you mean funny, funny how? How am I funny?

Henry Hill:
Just... you know, how you tell the story, what?

Tommy DeVito:
No, no, I don't know, you said it. How do I know? You said I'm funny. How the fuck am I funny, what the fuck is so funny about me? Tell me, tell me what's funny!

Henry Hill:
[long pause] Get the fuck out of here, Tommy!

Tommy DeVito:
[everyone laughs] Ya motherfucker! I almost had him, I almost had him. Ya stuttering prick ya. Frankie, was he shaking? I wonder about you sometimes, Henry.
You may fold under questioning.

Males do Mundo (viii)

Grande parte das vezes, quando temos uma escolha a fazer entre duas opções, cujo tempo de vida depende de outrém, temos tendência a esperar que o tempo (que essa outra entidade leva a agir), o faça por nós. “Eventualmente isto vai ficar resolvido, mais não seja porque não depende apenas de mim”. Este tipo de atitude implica, seja qual for a decisão final, que esta releve sempre de uma opção imposta, com os sentimentos negativos que tal acarreta. Eliminámos à partida os 50% de probabilidade de um consenso em torno da nossa escolha e acabamos a desejar aquilo que não chegaria a ser.

Tuesday, February 26, 2008

d' A Porcaria


Maldoror, por Mão Morta
23 de Fevereiro, Torres Novas


« Estou sujo. Roído de piolhos. Os porcos, quando olham para mim, vomitam. »

Mais uma vez, agradecimentos ao Nuno Coelho, o fotógrafo profissional ao serviço dos Mão Morta.

Monday, February 25, 2008

Snapshots

There Will Be Blood, de Paul Thomas Anderson

Mais do que um homem endurecido pelas vicissitudes da vida ou aridez do meio onde tenta sobreviver, eu vi um homem incapaz de experimentar pelos seus semelhantes nada além de desprezo, passível de transformar-se em ódio no caso de haver tentativa de interacção. Investiu-se a si próprio de uma condição de superioridade que irá ditar-lhe a incapacidade de lidar com a imperfeição e, por conseguinte, um percurso de solidão.

Saturday, February 23, 2008

Brett Whiteley

Porque é que gosto do Brett Whiteley? Gosto, porque ele disse-a toda:

- When I'm not fidgeting with infinity, I'm just fidgeting.
- I can't stand mindless purity - I have soaked myself in scepticism and am by nature magnetised to bitterness.
- Everyone reaches a point in their life where they must either change or cease.
- Everything is such a sort of stoned state... I walk around with a bunch of violets in my hand and a sledgehammer and a grain of sand in my head.
I am happy.



Wendy, 1984



Thursday, February 21, 2008

Porque Eu Gosto (iii)

Às dentadas, com tostas, com bolachas, com pão.
Têxtura amanteigada. E o sabor... É da Quinta da Aveleda.

Wednesday, February 20, 2008

Intoxicação


« Personally, I believe very much in values of savagery. I mean: instinct, passion, mood, violence, madness. »
Jean Dubuffet

d' O Poder

« - Então convenci-me, Sónia - prosseguiu cada vez mais exaltado -, de que o poder só é dado àquele que se atreve a baixar-se para o apanhar. »

Crime e Castigo, de Dostoievski
Volume II
Parte V, Capítulo IV
Edições Minerva de Bolso

Diz Raskolnikov à laia de justificação por ter aberto os cérebros da "velha" e de Isabel, à machadada.

Sublinhei "baixar-se", porque não acredito que Dostoievski o tenha escrito à toa. É nestes pequenos detalhes que vai tecendo considerações sobre as escolhas das personagens. Ou então é a minha esquizofrenia a anunciar um despertar primaveril.


PS- Na edição mais recente, incluída na "Colecção Mil Folhas", a tradução terá sido "inclinar-se", em lugar de "baixar-se".

Eu sei

Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.

Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.

E dormem mil gestos nos meus dedos.

Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.

Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.

E de novo caminho para o mar.


Hora, de Sophia de Mello Breyner Andresen


Essaouira, Outubro de 2007

Monday, February 18, 2008

I don't want to stay

Snapshots

The Darjeeling Limited, de Wes Anderson

Jack:

I love you too, but I'm gonna mace you in the face!


SNAPSHOT!!! SNAPfuckinSHOT!!!

Friday, February 15, 2008

S. Valentim

Acordei antes do despertador tocar e levantei-me. Já pronta, de fato completo, livro e iPod, dirigi-me à estação. O carro esperaria pelo meu regresso no parque, sendo o espaço por ele ocupado avaliado em dois euros, mediante a apresentação do bilhete no alfa (sabiam disto? Quem ensina coisas úteis, hã?).
Dirigia-me a uma das maiores consultoras mundiais, daquelas onde se suam as estopinhas para merecer as regalias - e são boas, as regalias - na Praça Marquês de Pombal. Ligeiramente enjoada pela mousse de chocolate caseira extra-doce ingerida numa esplanada de esquina (ainda me considero fumadora, embora tivesse de os largar), subi ao oitavo e último andar, tendo permanecido o tempo necessário à leitura do destaque do Público numa sala de espera com vista privilegiada para o estadista. Fui recebida por uma miúda muito gira com quem tinha falado ao telemóvel no dia anterior (gira do tipo que nos faz pensar "se o meu ex-namorado me tivesse trocado por esta, eu até percebia") e algum tempo depois já me encontrava defronte da estação, com uma hora e meia de espera pela frente.
De entre três ou quatro cafés ou restaurantes, escolhi um onde me pareceu maior a probabilidade de encontrar uma bola de berlim. Tinha acabado de atravessar a ombreira da porta quando ouço "Por aqui? Deves andar perdida!". Com o abraço veio-me o nome à memória, trocámos as novidades do útimo ano e ele, por fim, diz-me: "Finalmente vais conhecer o meu amor!". O namorado saiu da cozinha, reconheci-o das fotografias e fui-lhe devidamente apresentada. "Percebes agora porque é que a experiência do outro lado do Atlântico não foi boa? Eu tinha deixado a minha vida aqui!".
Parti com a promessa de lá voltar.

Males do Mundo (vii)

Por vezes cometemos erros tão bons (e que sabem tão bem), que só dá vontade de os cometer novamente.

Tuesday, February 12, 2008

Sunday, February 10, 2008

Prioridades para esta semana

Fazer as malas. Quero fazer a porra das malas.
Rodrigo, mi liga vai.

Thursday, February 7, 2008

Snapshots

Wanted (ii)













Ai, valha-me Minha Nossa Senhora do Caravaggio.

Teoria do Jogo

Tenho uma teoria para explicar o 3-1.
Nani, nos balneários antes do início do jogo, resolve trocar as suas chuteiras com as de Cristiano Ronaldo, pela calada. Ele envergava a chuteira mágica.

Wednesday, February 6, 2008

Hoje às 19:45





















Diário Digital
06-02-2008 10:07:55

« Com arbitragem do suíço Sascha Kever, as equipas entrar em campo com os seguintes onzes:
Itália - Amélia; Oddo, Barzagli, Cannavaro e Zambrotta; Pirlo, Ambrosini e Aquilani; Palladino, Di Natale e Toni. Outros convocados: De Sanctis, Cassetti, Grosso, De Rossi, Perrotta, Semioli, Borriello e Quagliarella
Portugal – Ricardo; Bosingwa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Caneira; Petit e Maniche; Cristiano Ronaldo, Deco e Quaresma; Makukula. Outros convocados: Quim, Rui Patrício, Fernando Meira, Jorge Ribeiro, Paulo Ferreira, Raul Meireles, Nani e Hugo Almeida. »


Ricardo? Não haver quem pendurasse o Scolari por aquele bigodinho...

Ter os pés frios























« I knew I was weird by the time I was four. I knew I wasn't like other boys. I knew I was more fearful. I didn't like the rough and tumble most boys were into. I knew I was a sissy. »
Robert Crumb

Males do Mundo (vi)

Por vezes, é necessário deixar cair um objecto na sanita no decurso da satisfação de necessidades básicas, para nos vermos obrigados a atribuir-lhe um valor.

Tuesday, February 5, 2008

T&R



The glove compartment isn't accurately named
And everybody knows it
So i'm proposing a swift orderly change

Cause behind its door there's nothing to keep my fingers warm
And all i find are souvenirs from better times
Before the gleam of your taillights fading east
To find yourself a better life

I was searching for some legal document
As the rain beat down on the hood
When i stumbled upon pictures i tried to forget
And that's how this idea was drilled into my head

Cause it's too important
To stay the way it's been

There's no blame for how our love did slowly fade
And now that it's gone it's like it wasn't there at all
And here i rest where disappointment and regret collide
Lying awake at night

There's no blame for how our love did slowly fade
And now that it's gone it's like it wasn't there at all
And here i rest where disappointment and regret collide
Lying awake at night (up all night)
When i'm lying awake at night

Title and Registration, Death Cab For Cutie


Nunca, pelo porta-luvas do meu carro, passou um par de luvas. Já testemunhei várias utilizações para este compartimento, desde o simples armazenamento dos manuais do automóvel ao arrojado suporte de postais de fotografias de mulheres semi-nuas. O meu albergou cassetes gravadas e regravadas sem caixa, canetas, tubos de cola, todo o tipo de papeladas que faço dançar em frente aos olhos do sr. agente que tem o infortúnio de me pedir o comprovativo da última inspecção, colheres de plástico para comer Häagen-Dazs em dias chuvosos ou invólucros de preservativos rasgados, cuja presença tende a alternar com a das ditas colheres.
Em suma, estou plenamente de acordo com o tipo dos Death Cab For Cutie.

VALe CARNe

Monday, February 4, 2008

Muhammed Eli














Gostei do filme, sendo impossível dissociar-lhe a nostalgia de rever Marrakech e de ouvir um pouco de árabe. Tenho umas saudades incomensuráveis deste país.
Será que estou sob escuta por receber chamadas de Marrocos?

Friday, February 1, 2008

'Para o Bem E Para o Mal'

1 de Fevereiro de 1908: mais uma página na nossa História

Thursday, January 31, 2008

Males do Mundo (v)

Enganarmo-nos a nós próprios resulta invariavelmente em enganar mais alguém.

Aos inspectores da ASAE

E que tal uma empada da Mrs. Lovett?

'Bad News!!!'

Ia caindo na banheira enquanto ouvia uma rádio nacional!



‘….U.E. proíbe importação de carne de BOVINO com origem no Brasil….’

Será que ouvi mal graças à água que gosta de se infiltrar nos meus ouvidos???

Não me parece.

'I will Survive!!!'

Aproxima-se o momento de decisão. Eis que decorrida mais de metade da legislatura, o governo inicia a sua estratégia de sobrevivência e revela alguns sinais de inflexão de políticas:

- Substituição de dois ministros contestados

- Anúncio de novas medidas para combater a pobreza e estimular a natalidade (que, pasme-se, o Ministro do Trabalho e Segurança Social ainda não consegue quantificar em termos de custos para o estado).

Será que se manterá por mais tempo? Eu acredito que sim, até porque as alternativas valem o que valem!!!

Snapshots


Sweeney Todd, de Tim Burton

Sweeney Todd: "How about a shave?"

Uma vez mais, vergo-me perante Tim Burton, em agradecimento por partilhar comigo a sua obra e ser tão bom naquilo que faz. Depois de filmes como a Expiação, ou o Sonho de Cassandra (a desilusão de Woody Allen) vivi os esguichos de sangue da jugular como uma catarse.
Foi um prazer ver e ouvir (trata-se de um musical) a dupla de protagonistas, Johnny Depp e Helena Bonham Carter - nada mais nada menos do que os meus actores favoritos em ambos os géneros.
O filme raia a perfeição.

Wednesday, January 30, 2008

No Taxi

- Bom dia. Para o Sta. Maria, por favor.
- Veio cá para ver o jogo? Eh, eh, eh.
- Oh... Tinha de relembrar-me? O dia até estava a correr bem! Então é sportinguista?
- Não, sou benfiquista.
- Benfiquista e quer que o Sporting ganhe?
- No início eu queria que o Porto fizesse uma goleada. Mas, quando os vi à frente no marcador pensei que até nem era mau de todo. Coitadinhos, precisam de tirar a barriga de misérias. Não acha?
- Não.
- Deixe lá, é bonita demais para se incomodar com o futebol!
- Espero que quem acabou de me fazer a entrevista de emprego pense da mesma forma.
- Entrevista de emprego? Então e não envia o CV ao Pinto da Costa?

'Over and Over Again'

IRRESISTIBLE.....




Soon by My Bloody Valentine

O Caçula

Comer Bem

Este pequeno restaurante, situado na Travessa do Bonjardim - Porto, recebe-me sempre da melhor forma, com pratos bem cozinhados, desde o típico bacalhau nas suas mais variadas formas, aos pratos vegetarianos de cariz contemporâneo. Os menus propostos para o almoço são igualmente apetecíveis na vertente financeira: sopa de legumes, prato vegetariano e creme de manga, acompanhados por um copo de vinho e rematados com um café, pela módica quantia de 8 euros.
O ambiente é descontraído, ainda que a maioria dos clientes envergue fato&gravata.

'Where Are They Going?'

Dois tigres, que pertencem ao Circo Chen, saíram, ou deixaram-nos sair, das jaulas localizadas na Azambuja.


Talvez ainda não soubessem que os lugares de Ministros da Saúde e da Cultura estivessem já ocupados…..Tentar não custa nada, pensavam eles.

Ou então, já sabiam e só querem estar presentes num dos muitos momentos importantes deste governo. Será que fugiram para ir ao ´beija mão’ na tomada de posse desses novos ministros?

Noutra perspectiva, também é possível que se estejam a preparar para ir ter com José Sócrates para o questionar sobre a remodelação no Governo.

De qualquer forma, no presente, fugir é uma boa opção.

Friday, January 25, 2008

d'A Ignorância

k diz:
estes tipos n percebem mm nada daquilo q se escreve, pois n?
eli diz:
caga nisso
k diz:
eu n me chateio. só incomoda ver que há tipos q n entendem.
eli diz:
sim, mas gajos burros ha por todo o lado
eli diz:
o mundo seria um local mt menos divertido se assim n fosse

Miss Misery



I'll fake it through the day
With some help from Johnny Walker red
And the cold pain behind my eyes
It shoots back through my head
With two tickets torn in half
And a lot of nothing to do
But its alright
Cause some enchanted night I'll be with you
Tarot cards and the lines in my hand
Tell me I'm wrong
But they're untrue
Got plans for both of us
That involved a trip out of town
To a place I've seen in a magazine that you left lying around
I cant hold my liquor
But I keep a good attitude
Cause its alright
Some enchanted night I'll be with you
Though you'd rather see me gone
Than to see it come the day ill be waiting for you anyway
Next door the TV's flashing blue frames on the wall
Its a comedy from the 70s
With the lead no one recalls
Vanished into oblivion
Its easy to do a
And I cry to see
When you talk to me
The day you said we were through
But it's alright
Some enchanted night I'll be with you



Miss Misery, Elliott Smith


Morreu em 2003, aos 34 anos de idade, com duas facadas no peito. O relatório da autópsia não foi conclusivo quanto a tratar-se ou não de suicídio.

Porque eu gosto (ii)























Novo vício: Deitar chocolate branco em pó no café.

Driving Around
















Pearblossom Hwy., David Hockney, 1986


« When you're very young, you suddenly find this marvellous freedom, it's quite exciting, and you're prepared to do anything. »

David Hockney

Thursday, January 24, 2008

Passeio sem chuva

Se estão bem lembrados dum post anterior, desloquei-me a Viana, salivando todo o percurso por umas bolas de berlim do Natário, e bati com o nariz na porta. Claro que a persistência é uma das minhas virtudes (pelo menos, no que toca a gulodice) e fica aqui o registo fotográfico da orgia culinária e a minha cara de satisfeita (reparem na barriga; estou a criar um monstro).


























PS1: As fotografias foram tiradas pelo KUFO, mas só eu dou a cara e mais alguma coisa, porque ele é camera-shy.

PS2: Volto lá no sábado, para reabastecer e festejar uma GRANDE nota a Econometria do BECK!!! PARABÉNS ao Beckas!!!

Wednesday, January 23, 2008

Males do Mundo (iv)

Hoje vi um jardim com rodas.
Nos dias que correm, tudo é móvel, tudo é transferível, desde a troca de emprego, à casa, até à mudança de país de residência, de marido ou de mulher.
Nunca me tinha ocorrido que a mobilidade se alastrasse às plantas de jardim, pelo desvirtuar do conceito de raízes, de crescimento vertical, do passar do tempo na relativa (à vida humana) imutabilidade da paisagem, quando esta não é feita de cimento.
De dia para dia vejo perderem-se cada vez mais pontos de referência.