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Wednesday, October 29, 2008
O que fazer?
Oscar Wilde
Sunday, August 31, 2008
Monday, August 4, 2008
Sunday, June 1, 2008
Blueberry pies
No wind or waterfall could stop me
And then came the rush of the flood
The stars at night turned you to dust
Melt me down
To big black armour
Leave no trace
Of grace
Just in your honor
Lower me down
That corporate slob
Make a watch
For a space in town
For the lack of the drugs
My faith had been sleeping
Lower me down
In the end
Secure the grounds
For the later parade
Once I wanted to be the greatest
Two faced, sad little rock
When things I couldn't explain
Any feelings
Oh worn me down
In the end
Secure the grounds
For the lack of the drugs
My faith had been sleeping
For the later parade
Once I wanted to be the greatest
No wind or water fall could stop me
And then came the rush of the flood
The stars at night turned you to dust
Saturday, May 24, 2008
Thursday, May 8, 2008
Wednesday, April 30, 2008
Tuesday, April 29, 2008
Monday, April 7, 2008
Pizza e pistachios
Sunday, April 6, 2008
Friday, March 28, 2008
All packed
hey man what's your problem don't you know that i don't belong to you it's hard and hard enough to keep it up when everything is so new i'm not trying to forget you i just like to be alone come and give me the space i need and you may and you may and you may and you may and you may find that we're alright i'm not trying to forget you i just like to be my own come and give me the space i need and you may and you may and you may and you may and you may find that we're alright i mean no offense to you but grow up can't you just grow up? when are you going to give it your own go? give it your own go i know i'm being way too hard but i know that i'm trying i know myself and i know what i want to do i'm doing my best and i want to know is it good for you? you give me trouble you give me everything that you've got i'll show you that what's right for me ain't for you don't look out for me who are you to tell me how when you've problems of your own i do love you and i want to hold on to you for always
Bros, de Panda Bear
Odeio a TAP
Estive a vasculhar uns sites para aluguer de casas e já descobri a minha. A experiência em Marrocos diz-me que quando me apaixono à primeira vista por uma casa, sai-me caro (mais precisamente 650 euros por mês; quem mais paga isto por um estúdio em Rabat?). No entanto, em abono do meu sentido estético, quem lá entrou ficou boquiaberto pela decoração e restantes apetrechos tecnológicos. Quero casa pequenina, com cama grande, microondas e forno (é desta que vou aprender a fazer cozinhados mais elaborados). Tenho lá a Worten, para comprar a máquina de café, e de chá, e a Fnac, que em nada fica atrás da sua congénere de matosinhos, segundo informação de conhecedor.
A equipa de trabalho é constituída por pessoal jovem, a média de idades deve rondar os 30 anos. O código de vestuário consiste apenas numa pequena regra: não usar t-shirts com logótipos de futebol e não usar havaianas.
Estava eu a dizer que, seja lá pelo que seja, não era por causa de fazer as malas. Mas, também já não consigo lembrar-me pelo que era.
Wednesday, March 26, 2008
Tuesday, March 25, 2008
d' O Excesso
«(...) É por isso que renegamos o conhecimento desintegrador, porque o conhecimento, Fedro, não tem qualquer dignidade ou severidade; é sabedor, compreensivo, indulgente, não tem posição nem forma; tem simpatia pelo abismo, ele é o abismo. Por isso o rejeitamos energicamente, e desde então a nossa ambição é só a beleza, o que quer dizer a simplicidade, a grandeza, uma nova severidade, um incondicionalismo renovado, a forma. Mas a forma e o incondicionalismo, Fedro, levam à embriaguez e ao desejo, podem levar a criatura mais nobre a terríveis sacrilégios do sentimento, que a sua própria severidade pelo belo repudia por infames, levam ao abismo, também elas levam ao abismo. A nós, poetas, digo-to eu, é aí que elas nos levam, pois não somos capazes de elevação, mas de excesso. E agora, Fedro, vou-te deixar aqui, fica tu aqui e parte só quando já me não vires. »
Morte em Veneza, Thomas MannEsses abismos também eu os procuro. Fecho o olhos e deixo-me cair, sinto o ar gelado a pressionar-me a pele, fixar-me os movimentos dos membros, a sensação de vertigem a percorrer-me as pernas, instalar-se no baixo ventre. Apaixono-me pelo que vejo, a harmonia das formas, dos grandes olhos, do desenho dos lábios, a virilidade dos traços. E o andar; gosto de um andar pesado, que imprime em cada passada a certeza de querer ir naquele sentido. Um andar vagaroso e pesado. O corpo, ai!, o corpo; contemplação; depois, o toque, o cheiro, o gosto.
Snapshots
The Sopranos
Adriana La Cerva:
[at Christopher's intervention]
But when you killed Cosette, that was the last straw.
Anthony ‘Tony’ Soprano Sr.:
Killed the dog? What'd you do that for?
Christopher Moltisanti:
It was an accident!
Paulie ‘Walnuts’ Gualtieri:
Was it barking?
Todas as segundas-feiras, às 22h, podiam encontrar-me invariavelmente em frente à televisão para ver Os Sopranos. Era inquestionável perder um minuto que fosse da música dos Alabama 3 que abria as hostilidades... Woke up this morning, got yourself a gun.
Um dos episódios que me ficou gravado na memória foi aquele em que o Christopher Moltisanti (interpretado pelo Michael Imperioli que esteve há pouco tempo a filmar em Alfama Os Lovebirds), sob o efeito de drogas, mata o cão da namorada ao adormecer no sofá em cima do bicho. Tenho noção de que o propósito da cena não seria esse, mas eu cheguei às lágrimas pela via de gargalhadas incontroláveis. A espécie de canídeo (detesto cães pequenos) dava pelo nome de Cosette.
Monday, March 17, 2008
d' A Virtude e d' O Pecado
(...)
Num mundo inteiramente virtuoso, aconselhar-te-ia sempre a virtude, pois como para ela haveria recompensas implícitas, nela estaria infalivelmente a felicidade; num mundo totalmente corrupto, jamais te aconselharia outra coisa que não fosse o vício. (...) Dir-me-ás que é o vício que contraria o interesse dos homens e eu concordaria contigo num mundo composto, em partes iguais, de pecadores e virtuosos, porque então o interesse de uns chocaria logicamente com o dos outros, mas isso não acontece numa sociedade onde a corrupção impera. Nesta, os meus pecados só lesam os pecadores e determinam neles outros pecados, que os desforram, e ficamos todos felizes. A vibração torna-se geral, dá-se uma multitude de choques e de prejuízos mútuos, em que cada um recupera sem demora o que acabou de perder e se encontra, constantemente, numa situação benéfica. »
Os infortúnios da virtude, de Marquês de Sade
A obra que termino de ler foi escrita no breve espaço de 16 dias, em meados de 1787.
Tomando partido do trabalho realizado por Jean-Marie Goulemot, o objectivo final da escrita prendia-se não tanto com a ocupação do tempo livre que tinha entre mãos, mas mais com o tecer de uma defesa em nome próprio, encontrando-se o autor preso na Bastilha por deboche.
Ao longo das 160 páginas, pela boca das diversas personagens que o Marquês coloca sucessivamente na vida da nossa heroína, vai desfiando um rol de argumentos, semelhantes aos que transcrevi acima, tendo sempre em vista convencê-la (e, em última análise, convencer o leitor) de que a prática da virtude efectivamente não compensa. Cada vez que se antevê uma boa acção, já uma praga está a cair sobre a cabeça da pobre Justine (ou Sophie, o nome falso que adoptou ao longo de toda a narrativa, por motivos de protecção), enquanto que o elemento prevaricador é recompensado na exacta medida dos seus pecados.
É dada a provar a Justine, ainda em vida, uma pequena amostra dos prazeres e recompensas terrenas, para logo ser fulminada por um raio. A sua história de vida aproveitou, contudo, à sua irmã, que até àquele dia tinha seguido um modo de vida em tudo oposto ao da virtuosa. Após a conclusão da história, Marquês de Sade formula os votos de que também ao leitor aproveite, pois "a verdadeira felicidade só se encontra no seio da virtude e que se Deus permite que seja perseguida na Terra é para lhe reservar no Céu a mais lisonjeira recompensa".
Na minha humilde opinião, penso que o nosso querido Marquês de Sade não acreditava em palavrinha alguma desta conclusão.
Meanwhile
Francis Bacon
Sunday, March 16, 2008
Porque eu gosto (iv)
O que vos digo, meus amigos, é que é tudo uma questão de equilíbrio. As leituras, tenho-as a cargo de Marquês de Sade; na música procuro anjos.
Ps- Viram como pulsa o sangue nas mãos do anjo? Ele tem veias, tem veias. I made a lot of mistakes.
Saturday, March 15, 2008
Para o Nuno Coelho
Friday, March 14, 2008
Foi com isto que sonhei hoje
Só me lembrava de "into the trees, into the trees". O que eu dançava! Aparentemente, quando o cérebro está a cozer a 39 graus e já se cuspiu dois terços do pulmão para o lenço, é em Cure que se pensa. The mind works in mysterious ways.
Wednesday, March 12, 2008
Males do Mundo (ix)
Ouvi dizer
... no TimesOnline que Eliot Spitzer se demitiu do lugar que ocupava como Governador de Nova Iorque, devido a um escândalo sexual. O "Sheriff de Wall Street" era afinal o "Cliente 9" de uma rede de prostituição de luxo, cujo preço dos serviços prestados rondavam os $5,500/hora.
Pode encontrar mais pormenores sobre esta empresa na Wired.
... no El País, que o computador de Raul Reyes, em vida o número dois da guerrilha, lançou novos dados acerca da relação entre as FARC e o Equador.
«Bogotá dice entender ahora esa actitud. Esa mina que es el ordenador de Raúl Reyes ha desvelado las relaciones políticas sostenidas por las FARC con el Gobierno de Quito al más alto nivel. El número dos de la guerrilla da cuenta de dos reuniones, el 18 de enero y el 28 de febrero de este año (dos días antes de su muerte), con emisarios del presidente Rafael Correa. Uno de ellos es su ministro de Seguridad, Gustavo Larrea. El presidente ecuatoriano propone reunirse con los mandos de la guerrilla en Quito, establecer "coordinaciones sobre la frontera binacional", contrarrestar los efectos del Plan Colombia contra el narcotráfico con denuncias de las fumigaciones, "cambiar a los mandos de la fuerza pública" hostiles a la guerrilla... Se trata de neutralizar al presidente colombiano, Álvaro Uribe, representante "de la Casa Blanca, las multinacionales y las oligarquías".»
... pela Associated Press, que uma mulher de 62 anos foi detida no aeroporto de Munique, depois de ter sido descoberto na sua bagagem o esqueleto do irmão, falecido há 11 anos. A viagem do Brasil para Itália prosseguiu, após apresentação de documentação emitida pelas autoridades brasileiras para o transporte das ossadas, cumprindo-se o seu útimo desejo.
Cremaster Cycle
Vi o Cremaster Cycle há uns anitos. Impressionaram-me nos diversos filmes (são cinco, embora não esteja certa de os ter visto a todos) os diferentes universos que Matthew Barney conseguiu criar. Lembro-me de pensar a cada instante que o tipo era obrigatoriamente doido varrido, pelas personagens a quem ele deu vida, pelos materiais usados (eu, que gosto de têxturas, fui brindada com o trabalho de um escultor de grande calibre), por não ter conseguido perceber metade do que me estava a dizer.
Quero rever estes filmes, para ver se o meu entendimento evoluiu nalgum sentido nos últimos tempos.
Thursday, March 6, 2008
Wednesday, March 5, 2008
Snapshots
Anton Chigurh:
And you know what's going to happen now. You should admit your situation. There would be more dignity in it.
You go to hell.
Anton Chigurh:
Let me ask you something. If the rule you followed brought you to this, of what use was the rule?
Do you have any idea how goddamn crazy you are?
Anton Chigurh:
You mean the nature of this conversation?
I mean the nature of you.
d' A Partilha
You’re too old and then you’re too young
Did you leave your mark on the world
One as deep as true love
Let’s sing Hosanna
All the stories are told
You’re too young and then you’re too old
Did you leave a mark on the world
One that lasts as long as true love
Take me with you now
To be strung as high as this
Making love without a kiss
And someone you saw again
Back to haunt you there and then
Please take on my love
Evolution is real
Secrets we have never revealed
Did you leave your mark, was it real
Or as deep as the love we both feel
To be strung as high as this
Making love without a kiss
Like a gift you didn’t keep
And it leaves a mark so deep
There’s a million things to miss
Like the chance to take that kiss
where you go, you’ll be someone
With one kiss your life is swung
What you gonna do when you walk away
Walk behind me, it’s alright, I’m Ok
Then what will you do if I walk away
Walk beside me, it’s alright, we’re Ok
Where you gonna do, don’t surrender
Hold me tight, don’t let go
Without A Kiss , Badly Drawn Boy
Born In The U.K. (2006)
PS - Já viram o álbum? É um passaporte detalhado no interior. É pena que hoje em dia este tipo de grafismo tenha caído em desuso.
Horas Extraordinárias
O ambiente de trabalho na embaixada era óptimo, alicerçado na relação próxima que mantinha com as minhas duas colegas marroquinas, Hnia e Hasna. Tanto uma como outra são mães (o mais velho tem 17 anos e o mais novo 8) muçulmanas.
Caracterizá-las desta forma redutora serve apenas para contextualizar o que descrevo em seguida.
Nesse dia, estava eu embrenhada no trabalho (tenho quase, quase a certeza que estava), quando ouço as minhas colegas rirem à gargalhada, de forma incontrolável. Falando elas em árabe entre si, e uma vez que os papéis que agitavam na mão, e eu supunha terem dado origem à risota, também estavam em árabe, não tive outra solução senão implorar durante uns minutos para me porem a par do sucedido.
Depois de se acalmarem lá me explicaram que tinham acabado de ler no jornal um artigo onde um reputado professor universitário egípcio defendia que, em locais de trabalho partilhados por homens e mulheres, estas últimas teriam de amamentar os colegas, de forma a adormecer qualquer desejo sexual que pudesse nascer da convivência. Em nome do Islão!
Yeah Right!!!
Se o professor egípcio partilhasse o gabinete com este(a?),
certamente não seria tão "iluminado"
You can read the whole story at:
Enable Java Script
Against all odds
« Hillary sobrevive ao dia de hoje, e ainda mais se ganhar Texas, o que me parece provável. Seguem-se alguns estados que lhe são favoráveis »
Pedro Magalhães, hoje às 04h da manhã, aqui.
Saturday, March 1, 2008
Peixe-Voador
O plano consistia em jantar no novo restaurante do Adolfo Luxúria Canibal, em Braga, que iria iniciar-nos na arte da degustação de sushi. O restaurante esconde-se por detrás da velha Sé de Braga, mais precisamente na rua do Forno, nº 17, numa viela empedrada onde o granito certamente nunca almejou dar forma a um espaço para ingestão de peixe crú. Depois de termos sido devidamente alertados para o sabor intenso das ovas de salmão, peixe-voador e um primo afastado, que o afável proprietário denominou de "navios de guerra", deu-se início ao festim de cores, têxturas e sabores.
No final da refeição, enquanto o saquê arrefecia nos pequenos copos, o Adolfo discorria acerca do Metro do Porto. "Aquilo não é um metro, é um eléctrico rápido", dizia. Eu acho que ele gosta de dar nomes às coisas.
Pedimos conselho aos nativos sobre um bar, situado perto do restaurante e, preferencialmente, onde pudéssemos fumar. O espaço que nos indicaram era muito agradável e explorado por seres tementes à ASAE, a avaliar pela quantidade de luvas de borracha, - das que se compram nas farmácias - que o cozinheiro utilizava para fazer uma tosta-mista.
Não me recordo qual o assunto preciso que discutíamos naquele momento, mas a conversa decorria animada quando, do nada, surge uma grande manápula branca que abre caminho por entre garrafas vazias e levanta o meu copo. A Super Bock Stout deslizou por entre os lábios de um homem alto, de fato, bem-parecido, de olhos e cabelos negros sobre o comprido, que reconheci do restaurante do Adolfo. "Espero que lhe tenha sabido tão bem quanto me estava a saber a mim!". Ele estava completamente, e passo a citar, "descomandado" - penso que consegui adivinhar-lhe o significado - e explicou-nos que o propósito dele às 19h daquele mesmo dia nunca tinha sido ter um jantar frio, de peixe crú. "Eu saí de casa e pensei: Hoje, nada de álcool. Sim, porque eu sou muito amigo do álcool. Vou comer um bife guloso. Mas, o Canibal viu-me passar e disse: Anda cá! - e pronto, ainda aqui estou." Esta personagem, de 38 anos, era professor. Os alunos, que já não via há 4 anos, ainda lhe escreviam cartas, o que ele poderia provar. Era extremamente culto e exprimia-se num português correcto, recorrendo a uma riqueza de vocabulário difíceis de encontrar hoje em dia, pelo menos nas gerações mais novas de professores com quem já tive contacto. O Mirandela, ou Jorge por baptismo, deu-se a conhecer ao longo de uma hora, encostado à nossa mesa, de pé, e estou certa de que a impressão que deixou em mim, deixou-a também em quem mais o ouviu. Em noite de estreia num restaurante japonês, pela madrugada dentro a falar sobre alheiras.
Wednesday, February 27, 2008
Snapshots
Henry Hill:
You're a pistol, you're really funny. You're really funny.
Tommy DeVito:
What do you mean I'm funny?
Henry Hill:
It's funny, you know. It's a good story, it's funny, you're a funny guy.
[laughs]
Tommy DeVito:
what do you mean, you mean the way I talk? What?
Henry Hill:
It's just, you know. You're just funny, it's... funny, the way you tell the story and everything.
Tommy DeVito:
[it becomes quiet] Funny how? What's funny about it?
Anthony Stabile:
Tommy no, You got it all wrong.
Tommy DeVito:
Oh, oh, Anthony. He's a big boy, he knows what he said. What did ya say? Funny how?
Henry Hill:
Jus...
Tommy DeVito:
What?
Henry Hill:
Just... ya know... you're funny.
Tommy DeVito:
You mean, let me understand this cause, ya know maybe it's me, I'm a little fucked up maybe, but I'm funny how, I mean funny like I'm a clown, I amuse you? I make you laugh, I'm here to fuckin' amuse you? What do you mean funny, funny how? How am I funny?
Henry Hill:
Just... you know, how you tell the story, what?
Tommy DeVito:
No, no, I don't know, you said it. How do I know? You said I'm funny. How the fuck am I funny, what the fuck is so funny about me? Tell me, tell me what's funny!
Henry Hill:
[long pause] Get the fuck out of here, Tommy!
Tommy DeVito:
[everyone laughs] Ya motherfucker! I almost had him, I almost had him. Ya stuttering prick ya. Frankie, was he shaking? I wonder about you sometimes, Henry. You may fold under questioning.
Males do Mundo (viii)
Grande parte das vezes, quando temos uma escolha a fazer entre duas opções, cujo tempo de vida depende de outrém, temos tendência a esperar que o tempo (que essa outra entidade leva a agir), o faça por nós. “Eventualmente isto vai ficar resolvido, mais não seja porque não depende apenas de mim”. Este tipo de atitude implica, seja qual for a decisão final, que esta releve sempre de uma opção imposta, com os sentimentos negativos que tal acarreta. Eliminámos à partida os 50% de probabilidade de um consenso em torno da nossa escolha e acabamos a desejar aquilo que não chegaria a ser.
Tuesday, February 26, 2008
d' A Porcaria
Maldoror, por Mão Morta
23 de Fevereiro, Torres Novas
Mais uma vez, agradecimentos ao Nuno Coelho, o fotógrafo profissional ao serviço dos Mão Morta.
Monday, February 25, 2008
Snapshots
Mais do que um homem endurecido pelas vicissitudes da vida ou aridez do meio onde tenta sobreviver, eu vi um homem incapaz de experimentar pelos seus semelhantes nada além de desprezo, passível de transformar-se em ódio no caso de haver tentativa de interacção. Investiu-se a si próprio de uma condição de superioridade que irá ditar-lhe a incapacidade de lidar com a imperfeição e, por conseguinte, um percurso de solidão.
Saturday, February 23, 2008
Brett Whiteley
Porque é que gosto do Brett Whiteley? Gosto, porque ele disse-a toda:
- When I'm not fidgeting with infinity, I'm just fidgeting.
- I can't stand mindless purity - I have soaked myself in scepticism and am by nature magnetised to bitterness.
- Everyone reaches a point in their life where they must either change or cease.
- Everything is such a sort of stoned state... I walk around with a bunch of violets in my hand and a sledgehammer and a grain of sand in my head. I am happy.
Thursday, February 21, 2008
Wednesday, February 20, 2008
Intoxicação
d' O Poder
Crime e Castigo, de Dostoievski
Volume II
Parte V, Capítulo IV
Edições Minerva de Bolso
Diz Raskolnikov à laia de justificação por ter aberto os cérebros da "velha" e de Isabel, à machadada.
Sublinhei "baixar-se", porque não acredito que Dostoievski o tenha escrito à toa. É nestes pequenos detalhes que vai tecendo considerações sobre as escolhas das personagens. Ou então é a minha esquizofrenia a anunciar um despertar primaveril.
PS- Na edição mais recente, incluída na "Colecção Mil Folhas", a tradução terá sido "inclinar-se", em lugar de "baixar-se".
Eu sei
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos.
Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar.
Hora, de Sophia de Mello Breyner Andresen
Monday, February 18, 2008
Friday, February 15, 2008
S. Valentim
Dirigia-me a uma das maiores consultoras mundiais, daquelas onde se suam as estopinhas para merecer as regalias - e são boas, as regalias - na Praça Marquês de Pombal. Ligeiramente enjoada pela mousse de chocolate caseira extra-doce ingerida numa esplanada de esquina (ainda me considero fumadora, embora tivesse de os largar), subi ao oitavo e último andar, tendo permanecido o tempo necessário à leitura do destaque do Público numa sala de espera com vista privilegiada para o estadista. Fui recebida por uma miúda muito gira com quem tinha falado ao telemóvel no dia anterior (gira do tipo que nos faz pensar "se o meu ex-namorado me tivesse trocado por esta, eu até percebia") e algum tempo depois já me encontrava defronte da estação, com uma hora e meia de espera pela frente.
De entre três ou quatro cafés ou restaurantes, escolhi um onde me pareceu maior a probabilidade de encontrar uma bola de berlim. Tinha acabado de atravessar a ombreira da porta quando ouço "Por aqui? Deves andar perdida!". Com o abraço veio-me o nome à memória, trocámos as novidades do útimo ano e ele, por fim, diz-me: "Finalmente vais conhecer o meu amor!". O namorado saiu da cozinha, reconheci-o das fotografias e fui-lhe devidamente apresentada. "Percebes agora porque é que a experiência do outro lado do Atlântico não foi boa? Eu tinha deixado a minha vida aqui!".
Parti com a promessa de lá voltar.
Males do Mundo (vii)
Tuesday, February 12, 2008
Sunday, February 10, 2008
Thursday, February 7, 2008
Teoria do Jogo
Nani, nos balneários antes do início do jogo, resolve trocar as suas chuteiras com as de Cristiano Ronaldo, pela calada. Ele envergava a chuteira mágica.
Wednesday, February 6, 2008
Hoje às 19:45
Diário Digital
06-02-2008 10:07:55
« Com arbitragem do suíço Sascha Kever, as equipas entrar em campo com os seguintes onzes:
Itália - Amélia; Oddo, Barzagli, Cannavaro e Zambrotta; Pirlo, Ambrosini e Aquilani; Palladino, Di Natale e Toni. Outros convocados: De Sanctis, Cassetti, Grosso, De Rossi, Perrotta, Semioli, Borriello e Quagliarella
Portugal – Ricardo; Bosingwa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Caneira; Petit e Maniche; Cristiano Ronaldo, Deco e Quaresma; Makukula. Outros convocados: Quim, Rui Patrício, Fernando Meira, Jorge Ribeiro, Paulo Ferreira, Raul Meireles, Nani e Hugo Almeida. »
Ricardo? Não haver quem pendurasse o Scolari por aquele bigodinho...
Ter os pés frios
Males do Mundo (vi)
Tuesday, February 5, 2008
T&R
And everybody knows it
So i'm proposing a swift orderly change
Cause behind its door there's nothing to keep my fingers warm
And all i find are souvenirs from better times
Before the gleam of your taillights fading east
To find yourself a better life
I was searching for some legal document
As the rain beat down on the hood
When i stumbled upon pictures i tried to forget
And that's how this idea was drilled into my head
Cause it's too important
To stay the way it's been
There's no blame for how our love did slowly fade
And now that it's gone it's like it wasn't there at all
And here i rest where disappointment and regret collide
Lying awake at night
There's no blame for how our love did slowly fade
And now that it's gone it's like it wasn't there at all
And here i rest where disappointment and regret collide
Lying awake at night (up all night)
When i'm lying awake at night
Title and Registration, Death Cab For Cutie
Nunca, pelo porta-luvas do meu carro, passou um par de luvas. Já testemunhei várias utilizações para este compartimento, desde o simples armazenamento dos manuais do automóvel ao arrojado suporte de postais de fotografias de mulheres semi-nuas. O meu albergou cassetes gravadas e regravadas sem caixa, canetas, tubos de cola, todo o tipo de papeladas que faço dançar em frente aos olhos do sr. agente que tem o infortúnio de me pedir o comprovativo da última inspecção, colheres de plástico para comer Häagen-Dazs em dias chuvosos ou invólucros de preservativos rasgados, cuja presença tende a alternar com a das ditas colheres.
Em suma, estou plenamente de acordo com o tipo dos Death Cab For Cutie.
Monday, February 4, 2008
Muhammed Eli
Friday, February 1, 2008
Thursday, January 31, 2008
'Bad News!!!'
'I will Survive!!!'
- Substituição de dois ministros contestados
- Anúncio de novas medidas para combater a pobreza e estimular a natalidade (que, pasme-se, o Ministro do Trabalho e Segurança Social ainda não consegue quantificar em termos de custos para o estado).
Será que se manterá por mais tempo? Eu acredito que sim, até porque as alternativas valem o que valem!!!
Snapshots
Sweeney Todd, de Tim Burton
Sweeney Todd: "How about a shave?"
Foi um prazer ver e ouvir (trata-se de um musical) a dupla de protagonistas, Johnny Depp e Helena Bonham Carter - nada mais nada menos do que os meus actores favoritos em ambos os géneros.
O filme raia a perfeição.
Wednesday, January 30, 2008
No Taxi
- Veio cá para ver o jogo? Eh, eh, eh.
- Oh... Tinha de relembrar-me? O dia até estava a correr bem! Então é sportinguista?
- Não, sou benfiquista.
- Benfiquista e quer que o Sporting ganhe?
- No início eu queria que o Porto fizesse uma goleada. Mas, quando os vi à frente no marcador pensei que até nem era mau de todo. Coitadinhos, precisam de tirar a barriga de misérias. Não acha?
- Não.
- Deixe lá, é bonita demais para se incomodar com o futebol!
- Espero que quem acabou de me fazer a entrevista de emprego pense da mesma forma.
- Entrevista de emprego? Então e não envia o CV ao Pinto da Costa?