Wednesday, July 4, 2007

A Bola de Berlim















Foi na Batalha de São Mamede que tudo começou, quando Henriques, Afonso Henriques, achou por bem bater na mãe. Teresa e amante, Fernão Peres de Trava, em 1128.

Em 1385 João e Nuno aljubarrotam os nuestros hermanos mais uma vez.

Sendo que o Sebastião ficou por Marrocos (vou fazer os possíveis por levá-lo de volta em Outubro), entre 1580 e 1640 voltámos a hispanicar. Nós hispanicámos bem, os nossos maridos também. (vide “Apanhados da tv portuguesa”, 05:03m)

Ora, pelas minhas contas (atentem nas datas), não podemos tomar as nossas fronteiras como um dado adquirido, pelo que proponho a construção de uma enorme Bola de Berlim que nos separe de Espanha. É um dos bolos mais consistentes que me ocorre sugerir e dificilmente será vista como disposição beligerante.

Experiência culinária não nos falta e apetência para records estúpidos do Guiness também não.


11 comments:

Anonymous said...

Eu colocava era camioes dos bombeiros e helis por todo o pais com molho de francesinha a ferver e c muita farinha maisena. Pelo menos, era algo que tinha origem numa cidade q normalmente e apelidada como INVICTA. Era ver quem passava as nossas fronteiras!!

Anonymous said...

Portugal, é o país europeu com as fronteiras defenidas, mais antigas da europa. Ou seja em teoria já arrumámos a casa há bastante tempo, já era altura de nos dedicar-mos ao que interessa! Mas não...

Defenitivamente defenir limites é interessante, mas não é suficiente.

eli said...

"I'm a man who loved a woman created by a man. Anything else simply falls short." - Rene Gallimard, in M. Butterfly

Será que a definição de limites é sempre interessante? Eu acho que nos torna pequenos.

Anonymous said...

Limites! Fronteiras! Barreiras... è complicada a questão... Como defenir identidade, espaço próprio sem defenir limites? afinal onde começamos nós e acabam os outros?

ah e "defenir limites é interessante" (pior utilização de um adjectivo em 2007, segundo o jornal O Pasquim)

eli said...

Suponho que vais votar Não se houver referendo ao Tratado Europeu, não?
E também não partilhavas chupa-chups quando eras miúdo/a?

"Como definir identidade, espaço próprio, sem definir limites?"

Há pessoas que se definem apenas mediante a opinião que os outros formam sobre elas. É como se não existissem em sentido absoluto, mas apenas nos reflexos de si mesmos que vão criando. São incapazes de ficar umas horas em silêncio, porque precisam de estar permanentemente a convencer alguém de alguma coisa... para no fundo conseguirem convencer-se a eles próprios.
E, assim sendo, onde está a definição de limites, se são eles a procurar a osmose?

LamaNando said...

Por acaso vou votar sim, se fôr o caso! E também sempre soube partilhar, sonhos, vidas, alegrias e decepções. Se calhar começar a pôr alguns limites a isso não era má ideia.

Em teoria não há limites para nada, a não ser os físicos e mesmo esses estão constantemente a cair. Não há limites civilizacionais, históricos, religiosos, que o tempo não apague!

Qual é a questão então?

A questão é que nem sequer sei o que estou a discutir porque não sei qual era a questão em causa. Mea culpa!

Anonymous said...

ã ?????

eli said...

hi (valha-me deus) 5.0/lamanando:

então quer dizer que concordas com a ideia da bola? :D
Um fato de esponja, que seja uma enorme bola de berlim!!! Isso já impunha limites. No raio de um metro, pelo menos! Depois também impunha limites de outra forma... entrar para o carro, sentar na sala de cinema, etc.

Acima de tudo, não era suposto levares o post tão a sério... até porque eventualmente acho que a bola acabava por apodrecer!

LamaNando said...

Agora percebi! Clica aqui sff!

eli said...

chamo a isto redemption song :D

Anonymous said...

Acho essa questão extremamente simples: a definição de limite está na consciência de cada um e nas regras que a sociedade nos coloca. Cada qual tem o direito de colocar as suas próprias bolas de berlim (salvo seja).


PS- Estou a comentar as definições de limite que se geraram nos comentários e não a questão colocada no texto do blog, que se refere a uma definição de limite/fronteira diferente e mais física.