Thursday, December 6, 2007

“PlaneSpotting”

‘O líder líbio, Muammar Kadhafi, demorou cerca de 15 minutos a abandonar o aeroporto militar de Lisboa, onde aterrou esta quinta-feira, pelas 11h35, para participar no próximo fim-de-semana na segunda cimeira UE/África.
Rodeado de grandes medidas de segurança, entre os elementos do corpo de segurança pessoal figuravam seis «amazonas», membros do corpo pessoal de segurança vestidos com uniforme militar.’

Para ser levado a sério------------------------------------------------------------------

Aeroporto militar de Lisboa? Não se trata de mais uma proposta para o Novo Aeroporto de Lisboa (NAL)? Com tantas alternativas e tantos estudos é natural que surjam algumas dúvidas. A última informação é a de que o estudo do LNEC (este sim, é o ESTUDO! Pelo menos para alguns.) vai ser apresentado numa data posterior à definida inicialmente porque os responsáveis por tal missão possível têm que incluir na sua análise outros estudos que entretanto foram surgindo. Como país de bons gestores (basta analisar qualquer estudo que tenha sido realizado recentemente sobre a capacidade da gestão lusa), os lusitanos são muito bons a decidir o quer que seja. Pelo que…. O que vale é que independentemente da decisão final, a posição assumida será sempre salvaguardada pelo largo critério da opção politica. E que país de políticos somos nós. Em todos os abnegados e desinteressados políticos deste país (e peço desculpa por cometer o pecado da generalização) podemos constatar três dos elementos fundamentais:

- Vocação pelo serviço à comunidade
- Necessidade de cumprir com o dever cívico e com a obrigação moral
- Compromisso com o tempo e o espaço em que se vive.

Todos, sem excepção, estão na política por vocação, por necessidade e comprometidos. Por isso, haja esperança!

Também, mais não seja porque encontramos na pátria lusa quem, não sendo politico de carreira, emita opiniões que podem ser mais defensáveis do que outras. Atente-se, por exemplo para a seguinte.

‘…convenhamos que o processo de decisão sobre o NAL tem sido atribulado. Será, certamente, um bom caso de estudo sobre como não fazer. Aceita-se, igualmente, que as organizações da sociedade civil tenham acordado tarde para o processo. A verdade, contudo, é que há muito tempo não se via este activismo, fora do patrocínio e subsídio estatal. Neste momento, há várias alternativas em cima da mesa que merecem séria ponderação. Lá por o processo de decisão se ter arrastado, nada demonstra que o tempo de decidir já se tenha esgotado…..
Haja, por isso, calma. O custo de decidir mal ainda é demasiado elevado.’ Alberto Castro In JN, 4.12.2007

Para também ser levado a sério---------------------------------------------------------

Amazonas? No corpo de segurança do líder líbio? Acho muito estranho, mais não seja pelas ideias preconcebidas que eu tinha sobre este grupo de mulheres guerreiras.

‘Las Amazonas descienden del dios de la guerra Ares y de la ninfa Harmonía. Su reino se ubica al norte, ora en las laderas del Cáucaso, ora en Tracia, ora en la Escitia meridional (en las llanuras de la margen izquierda del Danubio). Se gobiernan por sí mismas, sin intervención de ningún hombre, y a su cabeza tiene una reina. Solo toleran la presencia de hombres a titulo de criados, para los trabajos serviles. Según algunos, mutilaban a sus hijos varones al nacer, volviéndoles ciegos y cojos; según otros, los mataban, y, en determinadas épocas, se unían con extranjeros para perpetuar la raza, guardando solamente los hijos de sexo femenino. A estas niñas les cortaban un seno para que no les estorbase en la practica del arco o el manejo de la lanza, costumbre que explicaba su nombre ("las que no tienen senos"). Su pasión principal es la guerra.

Pierre Grimal In Diccionario de Mitología griega y romana, Ed. Paidós, pp.24-25

A não ser que:

- Como não aceitam a intervenção de qualquer homem, o líder líbio é ‘uma ela’. Esta hipótese até vai ao encontro da feminilidade patente nas plásticas efectuadas pelo governante histórico da Líbia;
- Por questões de segurança, o líder líbio que se encontra em Lisboa é apenas um(a) sósia que por sua vez não é mais do que um criado das tais amazonas. Afinal, pode ser que quem mande na tenda são elas, como em qualquer bom lar que se preze. E neste caso, já se percebe o porquê da Líbia da última década ter optado por mudar a sua atitude em termos de posicionamento externo.
- As Amazonas encontraram no líder líbio um bom progenitor estrangeiro para perpetuarem a raça. Será? Talvez porque ele num passado não muito longínquo manifestou, como poucos, o interesse pelas actividades bélicas.

Esta última hipótese inquieta-me. Dado a idade avançada do Escolhido, quem será o próximo? Será que os EUA terão voz activa no processo de decisão, ou será que escolha resultará da grande capacidade da diplomacia portuguesa numa próxima presidência lusa de uma qualquer instituição internacional?

PS. Texto parcial em espanhol para alguém que precisa/deseja praticar a língua de Cervantes. Como os nossos leitores são a nossa razão de existir…..
E escusam de recorrer à piada fácil ‘por qué no te callas ya???. Porque ‘a mi no me callarán!!! y a vosotros??

3 comments:

eli said...

Amazonas sem seios??? KUFO, tenho por certo que arruinaste fantasias a muito boa gente.
Mas então e a Xena, a Princesa Guerreira? Oh clica lá neste link (http://lucyislawless.com/gallery/displayimage.php?album=topn&cat=0&pos=1) e conta por ti mesmo (um, dois; estão lá dois, bem visíveis à vista desarmada).

Kufo said...

A prática devia ser mantida apenas durante a juventude. Posteriormente, procediam à reconstituição ou então já usavam próteses. Que, a ser o caso, são muito perfeitas.

eli said...

Quer dizer que vais além do mal já causado e ainda chamas "velha" à Xena. Muy bien (vês como o castelhano vai de vento em poupa?)