Friday, March 28, 2008

Odeio a TAP

Seja porque é de madrugada e por norma estou mais sensível nesta altura do dia, seja porque acabei de estar com amigos, seja porque o gato veio cumprimentar-me à porta quando cheguei, seja lá pelo que seja, raios, vou ter de fazer as malas outra vez. E não é porque tenho de lá tentar enfiar a roupa que vou usar nos primeiros 15 dias e nos restantes 5 meses e meio (até voltar para reabastecer ou comprar nas lojas, porque lá há lojas; até tem a loja do vestido que eu vou comprar, o cai-cai comprido até aos pés). Roupa, secador, carregador do telemóvel, do portátil, da máquina fotográfica, creme para o cabelo, para a cara, para o corpo (odeio a TAP e o limite de peso na bagagem), e a porcaria do livro enorme que escolhi começar a ler precisamente agora (as mulheres não sabem escrever romances curtos; se também os livros tivessem limite de peso, só tínhamos escritores no masculino).

Estive a vasculhar uns sites para aluguer de casas e já descobri a minha. A experiência em Marrocos diz-me que quando me apaixono à primeira vista por uma casa, sai-me caro (mais precisamente 650 euros por mês; quem mais paga isto por um estúdio em Rabat?). No entanto, em abono do meu sentido estético, quem lá entrou ficou boquiaberto pela decoração e restantes apetrechos tecnológicos. Quero casa pequenina, com cama grande, microondas e forno (é desta que vou aprender a fazer cozinhados mais elaborados). Tenho lá a Worten, para comprar a máquina de café, e de chá, e a Fnac, que em nada fica atrás da sua congénere de matosinhos, segundo informação de conhecedor.

A equipa de trabalho é constituída por pessoal jovem, a média de idades deve rondar os 30 anos. O código de vestuário consiste apenas numa pequena regra: não usar t-shirts com logótipos de futebol e não usar havaianas.

Estava eu a dizer que, seja lá pelo que seja, não era por causa de fazer as malas. Mas, também já não consigo lembrar-me pelo que era.

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